Este livro revelou-se uma decepção face àquilo que o título sugere e às expectativas geradas.
1ª decepção: o desequilíbrio - a parte relativa às seitas é muito abreviada e, consequentemente, fica-se pela "rama". Não desenvolve nem aprofunda conceitos nem consequências. A parte relativa às sociedades secretas, particularmente sobre as últimas, tem muito mais desenvolvimento, por vezes até em demasia, mas fá-lo sobre sociedades sem grande relevância histórica, social ou política.
2ª decepção: a desactualização - não estava á espera que em 2018 alguém publicasse um livro que fora escrito antes dos anos 90! Esta décalage é evidente e importante na fase final do livro, aquela que se refere a sociedades actuantes no século XX.
3ª decepção: as fontes - dois jornalistas a escrever um livro de história fazem-no como… dois jornalistas! Isto é evidente na segunda parte, onde há muito mais histórias de indivíduos e pormenores, mas pouca ligação dos factos às conjunturas e estruturas e ausência de conclusões.
Eis aqui uma conclusão: os jornalistas deveriam ficar-se pelas notícias, e deixar a História para os historiadores. ( )