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Pontuação atribuída com base na média de todos os contos. Sugestão: listem os contos presentes em cada compilação e considerem disponibilizar também no Goodreads os ficheiros pdf e epub para download.

O DOCUMENTO, de Ana Ferreira
Não foi o melhor conto que eu já li da Ana Ferreira. Também não foi o pior, mas ficou um pouco aquém daquilo que ela é capaz. O problema não é a temática e sim a exploração da mesma. Associo mais facilmente esta autora a histórias cómicas, caóticas, movimentadas e com muito bom calão à mistura. O que não quer dizer que seja errado explorar outras opções.
Achei desnecessário a editora ser uma escritora frustrada. Era preferível cingirmo-nos ao autor que submete a sua obra para apreciação e a editora que insiste em alterações que não são do agrado do autor. Situações como essa são do mais comum que há (ou deveriam ser) no meio editorial a autora poderia ter enveredado por esse caminho.
Outra opção teria sido a inversa, isto é, focar-se no aspecto da editora/escritora frustrada, mas aí o amigo deixava de ser escritor e passava a ser outra coisa. Qualquer um desses plots era viável, o que já não era tão viável era a sua simultânea exploração.
Acredito que cada história tem a sua maneira específica de ser contada, consoante a pessoa que a escreve. E mesmo não sendo, para mim, do melhor que ela produziu, é evidente que há um lado muito pessoal, muito autobiográfico nesta história. No final, a lição está lá para quem se digne a aprendê-la.

DILIGÊNCIA, de Carlos Silva
Gostei do conceito dos ferradentes - é o tipo de criatura ideal para uma história destas - mas não gostei muito do nome. Soa um pouco abrasileirado. Nada contra o Brasil, até porque muito do que li na minha infância e juventude veio desse 'país irmão', é apenas a sonoridade do termo 'ferradentes' que parece um pouco deslocada da nossa. De qualquer modo, uma rápida consideração de outras alternativas faz concluir que não há muito por onde se escolher se se quiser um nome chamativo e poderoso. Fiquemos assim.
Fora este (longo) aparte inicial, apreciei bastante este conto. Está bem trabalhado, nomeadamente ao nível da personagem principal e da oposição entre da sua vontade de lutar e matar quando não pode e a sua hesitação em fazer isso quando é ordenado. Semião é um soldado forjado pela guerra com os ferradentes, treinado para matar sem hesitar, mas hesita num momento chave e isso acaba por ser o seu fim.
É um personagem que gera simpatia pela sua perda e é um sinal de grande perspicácia despachá-lo de forma tão rápida (até a frase que descreve a sua morte é curta). A sobrevivência de Semião não teria o mesmo impacto. Arrisco mesmo dizer que seria o pior dos finais.

O PROTÓTIPO, de Pedro Cipriano
Demasiado curto, na minha opinião, para o tema que é. Está lá tudo - a sensação de vazio após chegar ao topo, a busca de um propósito novo e o altruísmo final - só que faltou desenvolver mais a personagem. Não temos tempo de desprezá-la, odiá-la ou estimá-la. As coisas acontecem tão depressa que não há tempo para isso.
Armin toma as suas decisões por via da introspecção quando deveria tomá-las por via da observação. Seria ao observar as consequências das suas acções (ou falta delas) que ele se aperceberia do que deveria fazer. Ao deixar que a sua consciência decida, das duas uma: ou havia já uma predisposição para a decisão tomada (e nesse caso não se pode considerar que tenha havido uma decisão, quando muito uma aplicação tardia) ou havia uma tendência para ambos os lados e o que ganhou, ganhou quase por mero acaso.

O PACIENTE É O MAIS FORTE, de Pedro Pereira
Não há dúvida de que a paciência é uma virtude preciosa. Todavia, neste caso, a palavra que eu usaria para classificar este conto seria 'passividade'. Ormim limita-se a ficar quieto e a aguentar. É uma forma de paciência, não digo o contrário, mas não a mais apelativa para uma história. Como pitch a premissa 'É uma história sobre o duelo entre dois magos e ganha o que fica quieto'.
Julgo que a história teria muito mais ganhar se os magos estivessem mais equilibrados ou se a balança pendesse mais para o lado de Taird. Em ambos os casos, a 'paciência' poderia ser o aguardar da oportunidade perfeita para atacar. De resto, nada a criticar.

CORPO, ALMA E CORAÇÃO, de Carina Portugal
Gostei bastante da forma como o conto está escrito, mas confesso que me passou um pouco ao lado a parte da caridade. Pontos para as descrições: detalhadas, mas sem exagero.

O QUE NÃO CURA SATISFAZ, de Ana Ferreira
Não está mau. O pior mesmo é a mancha de texto. Precisava de parágrafos um pouco mais curtos para tornar a leitura mais fácil.
… (más)
 
Denunciada
Joel.G..Gomes | Apr 17, 2014 |
De alguns contos gostei bastante, de outros nem tanto. A pontuação atribuída é obtida a partir da média de todos eles.

PREGUIÇA, de Carlos Silva
Gostei da ideia e gostei da descrição do espaço, do comportamento do personagem e de tudo o que o rodeia. Encurtaria ou quebraria algumas frases, não para tornar a história mais lenta, mas para apressá-la. Quem vê as coisas com vagar é o Roberto, não a figura que narra a história.
O visitante, que eu associo à Morte ou um arauto desta (um reaper talvez) poderia ser logo apresentado como tal. Podia-se perder a surpresa final, mas talvez se ganhasse outra coisa. Pessoalmente, penso que a preguiça poderia ser levada ao extremo de ter o visitante a sorver a alma de Roberto, talvez mesmo a alimentar-se do seu corpo, e Roberto limitar-se a dizer "Pára. Deixa-te estar quieto.", mas sem levantar um dedo para se defender. Lazy prick.

NADA E TUDO, de Pedro Cipriano
Lê-se mais como um testemunho do que como um conto, na melhor das hipóteses será uma narrativa epistolar. Géneros à parte, não é dos melhores trabalhos que já li de Pedro Cipriano. A premissa é interessante, carregada de potencial, mas não foi trabalhada da melhor forma. Está, como alguns apontam, carregado de info-dump e de 'telling', mas convenhamos que transformar todo este 'tell' em 'show' transformaria este conto num romance. E porque não?

IRA, de Pedro Pereira
Apesar de poder ter um pouco mais de desenvolvimento e substância, gostei de tudo do princípio até quase ao fim.
O que quase estragou a história para mim foi mesmo a última frase: Só aí me apercebi do meu erro, mas já era tarde demais…»
Se é de Ira que estamos a falar, irra, vamos levar isso a sério! O irmão dele acabou de morrer, ele próprio sabe que está prestes a morrer. Que sentido faz ele aperceber-se do erro? E que erro? A ira cega-nos, rouba-nos a razão e era por aí que a história deveria ter seguido. O robot aponta-lhe a arma e ele avança na direcção, tipo berserker, mesmo sendo sabendo que é escusado. O que ele não pode, não deve, é tomar consciência de que cometeu um erro. Por um lado, porque não tem tempo para isso, por outro porque está demasiado "quente" para conseguir ter essa percepção.

DESEJOS, de Vitor Frazão
Boa exploração da temática, fez-me lembrar o ambiente de uma série de terror japonesa que vi aqui há tempos. Talvez pudesse ter tido mais desenvolvimento como alguns dizem, mas como está não está nada mau.
A haver mais que venha numa próxima história, de preferência com um bom período de tempo de intervalo. (The new Damien comes from the watermellon from Hell!)

GULA, de Carina Portugal
Óptimas descrições, narrativa fluída, apesar de algumas vírgulas não estarem a cem por cento. Twist final muito bom. Gostei.

LUXÚRIA, de Sara Farinha
Muita introdução, muito engonhar e muito floreado para um final que não é surpresa. Já li outras histórias da Sara Farinha das quais gostei muito mais que esta. Enfim, não se pode acertar sempre.

A CIDADE PERDIDA, de Liliana Novais
Para a história que é, precisava de mais desenvolvimento e, acima de tudo, mais conflito. Não há perigo para os personagens, não há obstáculos, as coisas acontecem-lhes de forma muito rápida, fácil e conveniente.
… (más)
 
Denunciada
Joel.G..Gomes | Apr 17, 2014 |
Um conto confuso, mas confuso no bom sentido. Trouxe-me à memória imagens do Vanilla Sky e do The Fountain. O momento da despedida final é algo extremamante difícil de trabalhar, mas Carlos Silva conseguiu fazê-lo de forma competente, tornando-o comovente, sem cair em choradinhos e lamechices.
 
Denunciada
Joel.G..Gomes | Apr 17, 2014 |
As melhores críticas são aquelas que não parecem sê-lo. A possibilidade de poder insultar alguém através da retórica e ter essa pessoa a colocar um "Gosto" porque não percebe patavina do que está a ler, mas o nome dela vem lá por isso deve ser bom, é qualquer coisa de refrescante. Até faz pensar em bolos.
Para muitos dos que escrevem e visitam este espaço o óbvio alvo das palavras afiadas e irónicas do autor é facilmente identificável, porém não é único. O que não falta à flecha que o autor atira com este arco são alvos. E o que também não falta, infelizmente, são pessoas a suportá-los.… (más)
 
Denunciada
Joel.G..Gomes | Apr 17, 2014 |

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